Se você acorda com uma dor aguda no calcanhar ao dar os primeiros passos, sabe como a fascite plantar pode ser incapacitante. Essa condição, que afeta a faixa de tecido (fáscia) que conecta o calcanhar aos dedos do pé, é uma das causas mais comuns de dor no calcanhar. Com tanta informação disponível na internet, é fácil se confundir sobre o que realmente funciona.
Neste post, vamos desvendar os 5 principais mitos e verdades sobre a fascite plantar, com base em evidências científicas e na experiência de especialistas. Nosso objetivo é esclarecer suas dúvidas, direcionar você para o tratamento correto e ajudar a aliviar essa dor tão incômoda. Vamos lá?
1. Mito: Esporão do Calcâneo é a Causa da Dor

Verdade: A Fascite Plantar é a Verdadeira Vilã.
Muita gente acredita que um "bico de papagaio" no osso do calcanhar (esporão) é o que causa a dor. No entanto, isso é um mito. O esporão é apenas uma calcificação que se forma como reação à tração excessiva e contínua da fáscia plantar. A dor, na verdade, vem da inflamação e micro-rupturas do tecido da fáscia (a fascite). Muitas pessoas têm esporão e não sentem dor alguma, enquanto outras têm fascite plantar severa sem nenhum esporão visível.
2. Mito: Repouso Absoluto é a Melhor Cura

Verdade: Repouso Relativo e Exercícios de Alongamento São Fundamentais.
Ficar parado pode até aliviar a dor momentaneamente, mas o repouso absoluto não é a solução. Na verdade, pode enfraquecer ainda mais a musculatura do pé e do tornozelo. A abordagem mais eficaz combina repouso relativo (evitar atividades de alto impacto, como corrida) com exercícios de alongamento e fortalecimento. Alongar a panturrilha e a própria fáscia plantar (por exemplo, rolando uma garrafa de água gelada no chão) é crucial para a recuperação.
3. Mito: Só Pessoas com Sobrepeso Têm Fascite Plantar

Verdade: O Sobrepeso é um Fator de Risco, Mas Não é o Único.
Embora o excesso de peso aumente significativamente a carga sobre a fáscia plantar, ele está longe de ser a única causa. Atletas (especialmente corredores), pessoas que ficam longas horas em pé, quem usa calçados inadequados (com solada muito plana ou sem amortecimento) e indivíduos com encurtamento do tendão de Aquiles também estão no grupo de risco.
4. Mito: Cirurgia é o Tratamento Mais Comum

Verdade: Mais de 90% dos Casos São Curados com Tratamentos Conservadores.
A ideia de que a fascite plantar sempre termina em cirurgia é um dos maiores mitos. A vasta maioria dos pacientes responde muito bem a tratamentos conservadores, como:
-
Fisioterapia (alongamentos, fortalecimento, ultrassom)
-
Uso de palmilhas ortopédicas e talas noturnas
-
Aplicação de gelo
-
Terapia por ondas de choque
A cirurgia é considerada apenas em casos crônicos e resistentes que não melhoraram após muitos meses de tratamento conservador.
5. Mito: Qualquer Tênis Confortável Serve

Verdade: O Calçado Ideal Oferece Suporte de Arco e Bom Amortecimento.
Não basta ser confortável. Usar calçados de solada reta e muito flexível, como chinelos ou sapatilhas sem suporte, pode piorar muito a condição. O ideal são tênis com:
-
Boa sustentação do arco plantar: Para manter a fáscia em uma posição adequada.
-
Amortecimento no calcanhar: Para absorver o impacto.
-
Salto levemente elevado: Um pequeno salto (não um salto alto) ajuda a reduzir a tensão na fáscia.
Conclusão: O Caminho para a Recuperação
Entender a fascite plantar é o primeiro passo para tratá-la corretamente. Lembre-se: a dor no calcanhar tem solução, mas é essencial fugir dos mitos e seguir as verdades comprovadas. Consulte sempre um ortopedista ou fisioterapeuta para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento personalizado. A combinação de alongamentos, calçados adequados e paciência é a chave para voltar a caminhar sem dor.
Gostou deste conteúdo? Compartilhe com alguém que também sofre com dor no pé e ajude a espalhar informações de qualidade!
